Experiência adquirida e alto nível da competição foram destacados pelos participantes que conquistaram as vagas após vencerem as etapas estaduais.
Duas equipes da Escola SESI de Araguaína que representaram o Tocantins na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) encerraram sua participação na competição na tarde desta quinta-feira, 09/11, em Curitiba/PR, conquistando a 21ª (Nível 1 - Fundamental) e a 23ª colocação (Nível 2 – Ensino Médio) entre 68 de todo o país. A final da competição acontece nesta sexta-feira, 10/11, entre as dez equipes com maior pontuação no espaço de eventos da Federação das Indústrias do Paraná. A equipe do Tocantins chega à Palmas na manhã de sábado e segue para Araguaína, onde chegam às 14 horas.
Bolas de isopor, rampa, varetas, portais de madeira e outros objetos simulam montanhas, vítimas e outros obstáculos de uma missão de resgate que deve ser realizada em um tempo de até cinco minutos pelo robô. Toda a programação é desenvolvida previamente para que o robô faça a leitura destes obstáculos, contorne-os ou ultrapasse-os guiados por sensores em um trajeto definido por linhas traçadas com fita adesiva.
Durante as rodadas (rounds) os robôs construídos pelos alunos do Tocantins Lucas Cardoso e Kalil dos Santos, no nível 1, e José Philipe e Matheus Luz, no nível 2, foram desafiados a cumprir estas tarefas nas mesas preparadas para a competição observados por juízes avaliadores que conferiam a pontuação correspondente a cada missão cumprida.
Ao final das três rodadas classificatórias, realizadas nesta quarta e quinta, 8 e 9/11, as equipes com maior pontuação seguiram na competição que definirá, entre estas dez classificadas para a final de sexta, uma única equipe representante do Brasil na etapa internacional no Canadá em 2018 (Robocup).
Mesmo sem a classificação para a final, o resultado não desanimou os competidores do Tocantins que já pensam nas próximas edições do evento. “A gente ganhou muita experiência e aprendeu muita coisa para usar no ano que vem. Tem muita novidade que a gente vai carregar para colocar em prática na próxima OBR”, contou o competidor Lucas Cardoso.
O controle emocional, a administração do tempo e o pensamento estratégico durante a competição também foram apontados pelos competidores tocantinenses como pontos de atenção nesta prova que teve um alto nível de dificuldade. Até mesmo pelo integrante mais experiente da equipe, o Matheus Luz, que desde a implantação da metodologia na Escola SESI, em 2013, participa das atividades. “A participação da equipe foi boa, com algumas dificuldades na rampa e leitura dos obstáculos, mas é errando, e com treino, que se aprende”, disse.
O professor Ulisses Parreira é o supervisor dos projetos e acompanhou toda a preparação, que demandou uma média de 5 horas de treinamento por dia, e a realização das tarefas pelos alunos na OBR. “A ideia central da participação é coletar o máximo de informações possível, ganhar experiência e retornar para trabalhar com mais vontade e arrebentar no próximo ano”.
A Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) tem como objetivo estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, além de identificar jovens talentosos e promover debates e atualizações no processo de ensino-aprendizagem brasileiro. A gerente de Educação e diretora da Escola SESI de Araguaína, Carmelita Cavalcante, acompanhou a competição de perto e fez sua avaliação. “A robótica trabalha questões como a disciplina, o trabalho em equipe, todo o emocional dos participantes e tudo isso já vale muito a pena. Já somos vencedores, foi um trabalho de muito tempo e é muito gratificante ver o progresso desses meninos que nós estamos formando como grandes cidadãos, grandes competidores e, futuramente, grandes profissionais”.
Por Priscila Cavalcante
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